Infecção urinária de repetição

Infecção urinária de repetição

 

A infecção urinária é uma condição altamente freqüente, sendo o principal motivo pelo qual mulheres procuram o urologista.

Estatisticamente, a infecção urinária é mais comum em mulheres. Pelo menos metade das mulheres apresentará ao menos um episódio de infecção urinária ao longo da vida.  Muitas dessas mulheres sofrerão com vários episódios de infecção. Cerca de um quinto das mulheres tratadas de infecção urinária vai apresentar cistite recorrente.

O aparelho urinário da mulher é mais vulnerável. A uretra, canal por onde a urina é eliminada para o meio externo, é curta nas mulheres. Enquanto no homem a uretra pode atingir até 25 cm, já que percorre por todo o pênis, a uretra feminina tem cerca de 3 cm. Isso, por si só, facilita com que as bactérias que residem na região genital e perianal acessem a bexiga e causem infecção.

Define-se como infecção urinária de repetição aquela que ocorre pelo menos duas vezes no período de um semestre ou três vezes em um ano. Pode ocorrer como consequência de processo de reinfecção, ou seja, acometimento do trato urinário por uma nova cepa de germes diferentes da cepa inicial ou por um processo de persistência bacteriana, no qual uma fonte de bactérias no interior do trato urinário justifica a presença constante dos germes.


Sempre recomendamos a realização de um ultra-som das vias urinárias para descartar alterações estruturais que justifiquem persistência bacteriana, como cálculos infecciosos, corpos estranhos, dilatações das vias urinárias, entre outros.

 

Quando suspeitar de infecção urinária?

A infecção urinária pode se manifestar de diversas formas. O quadro mais comum é o da infecção urinária baixa (conhecido como cistite), no qual as bactérias acometem apenas o aparelho urinário baixo (da bexiga pra baixo). Nesta situação, geralmente se manifesta com dor para urinar, queimação e ardência na uretra, aumento da frequência urinária. Informações referentes ao aspecto da urina, tais como odor forte, aspecto avermelhado ou turvo, devem ser levadas em consideração.

A infecção urinária alta é uma situação mais rara e muito mais grave que ocorre quando as bactérias acometem o aparelho urinário alto, especialmente os rins. Causa o quadro chamado de pielonefrite, em que o indivíduo desenvolve febre, calafrio, mal-estar geral e dor nas costas. Diferentemente da cistite, na pielonefrite uma causa para a infecção deve ser pesquisada (pedra nos rins, refluxo de urina, etc.) e muitas vezes é necessária a internação hospitalar para o tratamento.

 

Orientações sobre o exame de urina:

  • Colher preferencialmente a primeira urina da manhã ou dar um intervalo mínimo de 4 horas após a última micção
  • Usar sempre recipiente estéril, fornecido pelo laboratório
  • Colher preferencialmente o jato médio: iniciar a micção, desprezar o 1º jato da urina e, sem interromper a micção, recolher o  jato médio
  • Após a coleta, trazer ao laboratório no prazo máximo de uma hora até o momento de sair de casa
  • HIGIENE:
    Homem: Lavar as mãos, em seguida lavar o pênis, retraindo todo o prepúcio, enxaguar e secar com gaze estéril ou toalha bem limpa.
    Mulher: No momento da higiene e da coleta, manter os grandes lábios afastados. Lavar a região genital de frente para trás, enxaguar e secar, usando gaze estéril ou toalha bem limpa. Não usar duas vezes a mesma gase. Nunca inverter este movimento.

 

Hábitos para evitar a infecção urinária de repetição:

  1. Ingestão de líquidos: deve-se ingerir líquido o suficiente para sempre manter a urina clara e límpida.
  2. Urinar com mais freqüência: procurar evitar  retardar a micção por tempos prolongados. O hábito de segurar a urina está intimamente relacionado ao desenvolvimento de infecção urinária. Procure urinar a cada 2 horas, mesmo que não sinta a bexiga muito cheia.
  3. Relações sexuais: esvaziar a bexiga imediatamente após as relações sexuais ajuda a eliminar bactérias da região genital que tenham se movido para a uretra durante o ato sexual.
  4. Melhorar o hábito intestinal: ingerir mais líquidos e alimentos que façam o intestino funcionar regularmente.
  5. Rotina ginecológica: algumas situações ginecológicas podem aumentar a chance de desenvolver infecções urinárias. É sempre interessante passar por uma avaliação ginecológica nestas situações.
 
 
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